21.1.10

diogo poças

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poema

Queria ensinar o canto
que tanto aprecias
mas apenas ofereço um tanto
da minha vigília e do meu espanto.

cessar tua dor
curar o vazio infindo que te consome
mas só sei aguardar o teu repouso
que me assusta e me deixa insone.

dar-te a casa
enorme, mágica e isolada
para viveres invisível
e não neste claustro de lázaro.

esculpir teu corpo
torná-lo titâ, priápico e imenso
ainda que tal visão me despertasse
a cobiça e o desejo de alimento.

não ser teu mal
ferindo tua frágil couraça
com meus humores febris
e com minhas frases chagas.

ter o montante
o suficiente para teu adeus
em um cruzeiro pelos mares
mesmo que só a saudade me restasse.

que minha voz e meus ímpetos
fossem uteis de verdade
que meus gestos fossem sempre gentis
e dizer o quanto os teus me agradam.

Queria por fim te dar o fim
teu maior desejo
mas o medo me impede
e novamente começo:

Só queria ser real.
Não queria ser palavra.

                                                       maio,2005

hercules and diomedes

 
Vincenzo Rossi (1525 – 1587)

hercules_diomedes_hi
Antoine-Jean Gros ( 1771 -1835)
 
  

terranova aka newfoundland dog

 
 newfoundland-puppy

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sphinx

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nana caymmi





Resposta ao Tempo
Aldir Blanc/Cristovão Bastos


Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

mônica salmaso & nelson ayres


    

 

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