6.10.11

António Ramos Rosa


Por vezes cada objecto se ilumina 
do que no passar é pausa íntima 
entre sons minuciosos que inclinam 
a atenção para uma cavidade mínima 
E estar assim tão breve e tão profundo 
como no silêncio de uma planta 
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice 
ou na alvura de um sono que nos dá 
a cintilante substância do sítio 
O mundo inteiro assim cabe num limbo 
e é como um eco límpido e uma folha de sombra 
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes 
E é astro imediato de um lúcido sono 
fluvial e um núbil eclipse 
em que estar só é estar no íntimo do mundo 

Jörg Brönimann

26.9.11

laura em Montanha (ES)


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M1
Quando me larguei
Lá de onde eu vim
Chão de sol a sol
Ramo de alecrim
Paletó de brim
Tempo tão veloz
Não chemei meu pai
Minha mãe não viu
Desgarrei de nós
Quando dei por mim
Um sertão sem fim
Pelo meu redor
"coração não deixe de bater"
Quando o meu amor
Disse adeus pra mim
Eu perdi a voz
Quis dizer que sim
Mas me desavim
E fiquei menor
Não achei meu pai
Minha mãe saiu
Me senti tão só
Procurei por mim
Um desvão sem fim
Pelo meu redor
"coração não deixe de bater

“Sem Fim”Composição: Novelli e Cacaso





M8
M10
M4

24.7.11

fabio bonillo quando criança


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FB3 FB1
FB4 FB2
imagens: Stella Fernandes


Tudo teu
O que eu tenho
Todo o céu
Sobre a casa
A casa
Tudo teu
O que eu quero
E espero é teu
Não tenhas dedo medo
Não me toques
Leve o que deus me deu
Até o anel que tu me deste
O que mais me reste é teu
Tudo teu
O que eu tenho
Todo o céu
Sobre a casa
A casa
Tudo teu
O que eu quero
E espero é teu

"Tudo teu"
Fred Martins e Marcelo Diniz

22.4.11

não vim pra ficar


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Não vim pra ficar
Não reserve um espaço no armário pra me acostumar
Não espere no horário arrumada na sala de estar
Não pretendo trazer minha vida pro seu bangalô

Não vim pra ficar
Não separe um cantinho pra eu ler o jornal no sofá
Não pergunte o que eu gosto, que vai me fazer pro jantar
Me desculpe o mau jeito que é o jeito que eu sou

Não vim pra ficar
Não me guarde uma escova de dentes, não vou pernoitar
Não faz cópia da chave, não quero invadir o seu lar
Quero vir como sempre, feito um beija-flor

Não vim pra ficar
Não me põe monograma na fronha da gente deitar
Não pendure no tanque gaiola pro meu sabiá
Não faz do nosso encontro uma obrigação, por favor

Não vim pra ficar
Eu não quero assumir compromisso da gente juntar
Por enquanto é melhor não mexer, deixe assim como está
Vamos ver que destino vai ter nosso amor


Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro

denir4



18.4.11

24 de agosto de 1964


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1 aninho
Deixa esse menino quieto
Que é o seu jeito de ficar
Quieto, brincando por dentro
Brinquedo de imaginar
Esse que a gente tá vendo
Lendo, lendo sem parar
Do avesso é bem travesso
Tem talento pra voar
Vai e vem a rede
A varanda é o verde mar
E um farol se acende
Além de seu olhar
Vira uma outra página
Imagina o que virá
Pensamento é vela ao vento
Leva pra qualquer lugar
Veja esse menino atento
Todo assunto quer saber
Se a linguagem dos insetos
É difícil de aprender
Construindo o mundo
Com as pedrinhas do jardim
Bem maior que tudo
É o sertão sem fim
Sabiá, sanhaço,
Azulão, papa-capim
Cantam no quintal da infância
De João e Miguilim

"Menino Quieto" Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel

15.2.11

conucópia

Símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia greco-romana era representada por um vaso em forma de chifre, com uma abundância de frutas e flores se espalhando dele. O seu significado provém da cabra Amaltéia que amamentou Zeus enquanto bebé. Atualmente essa palavra é utilizada como sinônimo de abundância. Sua origem etimológica vem do latim: cornu copiae ou "corno da abundância", de cornu ou "chifre" e copiae ou "abundância, muitos recursos, posses". O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do sagrado masculino. E, como a cornucópia remete a um chifre, é uma das representações mais utilizadas do Deus Cornífero nas religiões pagãs e neopagãs.Entretanto, o seu interior simboliza o útero - representado assim a Deusa -, que quando cheio de alimentos simboliza a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino. A cornucópia é o símbolo mais utilizado para representar o equinócio de outono onde é cheio de frutas, grãos, moedas, folhas, castanhas, cartas de tarô, e diversos outros símbolos da fartura e do paganismo, de forma que eles sejam derramados sobre o altar.

 

cornucopia